Um Bandoleiro invadiu minha casa!
Provou da minha comida, sentou-se no meu sofá e mandou que eu lhe servisse de carinho...
Bebeu meu mais raro vinho, comeu meu melhor queijo e ordenou que eu não me silenciasse...
Mostrou-me a tua fortaleza, bebeu meus sonhos mais ilícitos, fez-me ser tua – majestosa – enquanto fingia-se plebeu no meu falso reino.
Queimou as minhas vergonhas, aniquilou a minha incoerência e semeou sua força em mim...
Dormiu em minha cama, esquentou meus travesseiros.
Fez-me rir...
Trouxe-me apenas algumas roupas sujas e um all - star velho, para que eu desse cabo das minhas tarefas...
Mostrou-me os risos e as façanhas da boemia e ordenou que eu não as consumisse.
Me fez dormir aos seus pés e me sorveu do prazer de os tê-lo por madrugadas a fio...
Falou-me dos seus “amores”.
Mas ali permaneceu...
No MEU sofá, na MINHA cama, provando da MINHA comida... Sendo o Bandoleiro e eu a sua boemia...
(textinho feito por mim, para ele, em meados de 2005)