Ao contrário de Maysa Matarazzo, eu adoro contos de fadas e sinceramente o meu negócio não é a vida real.
Vou explicar por que:
Todo conto de fadas, começa com "Era uma vez...", ouve-se o badalar de sinos, quase sempre todos cantam ao acordar e principalmente o belo existe, de qualquer forma, tamanho ou cor.
Na vida real, a minha vida, não está sendo escrita com caneta de pena em papel tecido, muito menos sou acordada com os passarinhos na minha janela, cantando a música tema do meu dia. E principalmente (e isso na vida real está se tornando algo imprescindível) eu não estou dentro do padrão do belo exigido pelo mundo.
É! nos contos de fadas, até o pobre corcunda de Notredame, consegue o amor da cigana Esmeralda, a mais bonita da região. Em todo conto de fadas, não existe, dentro do bem (que isso fique claro), a negação por alguém, quando o assunto é a beleza exterior.
E por que não é assim na vida real?
Essa idiota padronização, onde as magras são as melhores, onde ser branca demais também pode sofrer preconceito, onde os garotos mais legais (falo daqueles que não gostam de arrocha e afins, presam por uma boa conversa, são realmente homens quando precisam ser e românticos nas horas certas), nem sempre vão te perceber, justamente porque você ou eu, não temos padrão! Ou não seguimos ele...
Bem, quanto a isso na vida real não posso me queixar, tenho quem queria ter.
Mas, queria ser apenas parte de um conto de fadas, talvez da "Princesa e a ervilha" ou quem sabe "Rapunzel", que mesmo estando na torre mais alta de uma masmorra e sem precisar que o príncipe a conheça, estará lá a espera dele, assim como ele nasceu para ser dela. Independente de beleza, todos os contos de fadas sempre tem um final feliz...