Em primeiro lugar, prezarei o bem-estar próprio, ainda que seja um tanto disfêmico. Por algum tempo, fui até certo ponto altruísta, mas foi dançando algumas valsas que aprendi como se equilibra o ritmo da vida e que, muitas vezes, pensar em si mesmo já é ser um tanto solidário. Se ao ler isso ficar com a impressão de que criara um monstro, apazigue-se. Certas sensações ou manifestações são naturais do ser, ninguém é responsável pelo mau teor alheio.
[Caminhando]. Tive a nítida sensação de que pensaria no resultado disso, tudo em vão, pois sei que você também é do tipo que não faz questão. E se de eloqüência se habilita, de palavras proferidas em um ritmo não-eufêmico, teria talvez possível intenção de que um dia eu lhe gratificasse. O fato é que agora, não tenho muito a dizer, senão que poderia ter sido mais sutil.
Entretanto, sutilezas eu rebusco em uma tentativa mal-sucedida e se, por ora, encontro tanto o que escrever, isso sim devo a você, ainda que cada palavra não possua o menor sentido ou que cada oração pareça um hipérbato barroco. De pensar nessa possibilidade, sinto um tom pretensioso, lisonjeio seria se o fosse.
Paro por aqui, na melancólica noite quente, no dia em que não fiz questão de te dizer que tudo destoa agora, minha cabeça difunde idéias sobre o que existe de fato e o que nunca existirá. Não sei, exatamente, acerca do conflito que esbocei, mas parece uma questão um tanto expansiva e isso já me basta.